Há
quem fale pelos cotovelos. A artista plástica Estela Baptista Costa fala pelos
bOOnek.
Papa
Francisco, Nossa Senhora de Fátima, São Francisco Marto e Santa Jacinta Marto,
são os novos trabalhos à venda em exclusivo no Consolata Museu | Arte Sacra e Etnologia.
«Os boonek são ilustrações
pintadas sobre tecido e convertidas em bonecos. Sendo eu ilustradora para a infância senti sempre
necessidade, também como mãe, de fazer chegar às crianças uma imagem mais
infantil dos santos.
Os
meus filhos pedem-me bonecos dos super-heróis e brincam com eles. Penso que a
melhor forma de educar as crianças na Fé e fazê-los perceber quem foram os
santos é tornar essas personagens mais palpáveis, mais apelativas para as
crianças.
Porque
é que os santos não podem ser super-heróis? Foi nesse sentido que fiz estes
boonek sobre os santos, para os tornar mais próximos das crianças, para que
eles possam querer dormir agarrados a uma Nossa Senhora ou ao Papa, ou aos
pastorinhos que são também crianças e que se encaixam neste mundo muito bem,
porque são crianças para outras crianças e que, segundo o milagre que os levou
à canonização, são crianças que cuidam de outras crianças. É, também, uma forma
de evangelizar».
***
Estela
Baptista Costa nasceu
nas Caldas da Rainha em 1975. Viveu a sua primeira infância no meio das árvores
e da terra gravando assim no seu ADN a marca da natureza. Talvez tenha sido aí
que tenha nascido o seu amor pelas árvores que tenta imortalizar na sua
gravura.
Formou-se em Artes Plásticas na atual
ESAD (Escola Superior de Arte e Design) no último ano do segundo milénio. Três
anos antes, no mesmo sítio, conheceu Bartolomeu Cid dos Santos com quem
descobriu e partilhou os mistérios da Gravura e com quem teve o privilégio de
trabalhar em diversas ocasiões. Também em 2000 fez o curso de ilustração
infantil na Fundação Calouste Gulbenkian e desde então que se dedica
violentamente à gravura a par com a ilustração de livros infantis.
Já trabalhou num Museu,
teve um romance de Verão com um pomar de pêra-rocha, trabalhou com crianças,
fez artesanato urbano, fez exposições por Portugal, Espanha e França e
coordenou a Companhia do Eu (escola de escrita criativa), do poeta e escritor
Pedro Sena Lino, onde aprendeu a esculpir palavras.
Desde 2011 que se empenha
no curso mais importante da sua vida, o da maternidade.
Sempre que pode volta à
aldeia onde cresceu para sentir o cheiro da terra e abraçar as árvores.
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