MARTÍRIO E LIBERDADE

MARTÍRIO E LIBERDADE | Mártires de Chapotera

O CONSOLATA MUSEU | Arte Sacra e Etnologia proporciona uma conversa com Dom Diamantino Guapo Antunes, Bispo de Tete – Moçambique. Vai acontecer no dia 10 de maio ás 18 horas, no auditório do Consolata Museu.

No âmbito da comemoração dos 50 anos da liberdade em Portugal, será apresentado a vida de dois mártires que foram brutalmente assassinados em 1985 em Chapotera. O padre João de Deus era moçambicano, e o padre Silvio Moreira era português, natural de Rio Meão, Santa Maria da Feira. Ambos sentiam como seus os sofrimentos e as esperanças do povo da Angónia, onde viviam como missionários. A situação era particularmente delicada. A guerra que nunca tem dono, semeava feridas profundas no povo. As injustiças, de brandar aos céus sucediam-se como contas de um mistério doloroso interminável. “Quem cala consente”. E eles falaram, alto e bom som, no tom da paz, contra as injustiças, vinganças e arbitrariedades, reclamando a liberdade e os direitos humanos, em defesa do povo inocente.

Foram ameaçados de morte. Sabiam claramente que a sua vida corria perigo. Fizeram o discernimento necessário e decidiram ficar. Nas horas difíceis é que as ovelhas precisam de pastor. “O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas”. E eles deram-na até ao fim.

No dia 30 de outubro de 1985, pela calada da noite, um grupo de filhos das trevas assassina-os barbaramente, em Chapotera, entre a Missão de Lifidzi e a Missão de Chabwalo, na Angónia. A crueldade da execução premeditada é como a moldura que, por contraste, ainda mais embeleza o quadro do martírio destes heroicos missionários, enviados de Deus.

Não hesito em chamar-lhes “mártires”. Mártir significa testemunha. E eles testemunharam corajosamente, em nome de Cristo, que a vida humana é sagrada, que o pobre e o fraco têm que ser defendidos, que a vingança arbitrária não pode ser lei, mas só o amor, o perdão e a fraternidade.

...Viver e morrer assim vale a pena!                          (Dom Diamantino Guapo Antunes)


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